O que é autoconhecimento?
O autoconhecimento é um processo necessário para o entendimento de quem nós somos, o qual permite que transitemos pela vida com leveza e resiliência.
O autoconhecimento é a prática de autoconhecer-se, compreendendo quais são os seus valores, inseguranças, sonhos, competências, propósito de vida, crenças e traços de personalidade.
O atleta ou esportista que se conhece pode se desenvolver dentro de sua modalidade. Compreender os gatilhos emocionais positivos (alegria, motivação, prazer ) ou negativos (ligados a ansiedade, medo, tristeza) que facilitam a preparação psicológica para competições.
Seja para competir em alto nível, seja para praticar seu esporte favorito, o preparo mental e o autoconhecimento são tão importantes quanto a boa forma para que você possa alcançar os objetivos a que se propôs. Portanto, trate de colocar seu corpo e sua mente em equilíbrio e perfeita sintonia, trabalhando juntos em direção às suas metas!
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Você sabe como funciona a mente de um campeão? Sabia que aspectos fundamentais podem separar mentes vencedoras das perdedoras?
Neste texto vamos trazer 7 “coisas” observadas na vida de atletas campeões.
1) Atletas campeões se conhecem de perto, estão em busca do auto-conhecimento, procuram conhecimento técnico e tático de suas modalidades, sabem colocar em prática o que fizeram nos treinos, no dia da competição.
2) Lidam melhor com suas próprias emoções – O atleta deve investir nesse sentido para desenvolver um padrão mental.
3) Atletas campeões são obcecados: não só sonhos e metas. São obcecado em subir todos os dias, caminhar a cada dia até la.. e se tornar um ser humano melhor. Eles tem obsessão no processo e não somente no resultado. Procuram extrair o melhor de si a cada dia, Buscam ser melhores que foram ontem. Sabem que sendo melhor que foi ontem, cedo ou tarde ele será melhor que os outros.
4) Comportamento/atitude. Não negociam com eles mesmos. Não sabem o que é negociar. Exemplo: vou tentar fazer algo. O tentar não existe no vocabulário.
5) Não competem somente por resultados. Possuem propósitos. Um porquê muito forte. Um, porque competir? Um, porque ganhar competições?
6) Odeiam perder. Não existe derrota para quem tem uma mente preparada para assumir derrotas. Resignificam. Para o atleta que treina sua menta, não existe derrota. Existe ganho ou aprendizado. Ficar fora do pódio não quer dizer que perdeu. Vitória e derrota, sucesso e fracasso é um sentimento que está dentro de si. A derrota está relacionada a perder dele mesmo.
7) Os grandes campeões competem diariamente. Eles não esperam a competição chegar. Não existe a palavra treinar. São acostumados com o competir, a conquistar grandes resultados nos treinos. O treino é competição e a competição é diária.
(Por Nicholas Pasqualetto)
“ a gente (nós brasileiros) entendemos competição com uma coisa comparativa” (aí que vem a questão da pressão). Não estamos acostumados com disciplina. Acabamos tendo uma mentalidade equivocada sobre competição!
Competição é algo como superação!
“O bom preparo Mental não significa que você irá medalhar. A sua medalha está no processo que você fez. O fato de você ter batalhado tanto, se preparado não significa que terá a medalha em suas mãos. O atleta tem que estar muito consciente disso, de que as vezes a medalha dele mora no percurso que ele percorreu, na jornada que ele fez até ali. As vezes a medalha dele está depois da competição, dos jogos, na reflexão que ele tem, na aprendizagem que ele ganha com isso. As vezes a medalha do atleta está em planejar melhor os próximos anos, porque é um aprendizado. Há vários fatos que vão fazer você medalhar ou não.
A evolução já é resultado!
Autoconhecimento: chave para alta performance e sucesso pessoal
Autoconhecimento é um termo usado na psicologia para descrever as informações que um indivíduo utiliza ao encontrar uma resposta para uma pergunta complexa: “Quem sou eu?”.
Uma das principais características do autoconhecimento é que possibilita que o indivíduo se enxergue como ele realmente é, e não quem pensa ser.
O autoconhecimento refere-se à consciência da sua essência como ser humano. Seus defeitos, suas qualidades, seus medos, suas limitações, seus talentos, suas crenças e inclinações. O que te faz feliz? O que te motiva ou que te desmotiva? O que te dá coragem, entre outras questões.
O processo de autoconhecimento leva às pessoas a desenvolverem o seu potencial em busca do que lhe faz feliz.
durante o processo de autoconhecimento é possível identificar traços de sua personalidade. Reconhecer atitudes que te impedem de alcançar os seus objetivos. É possível fazer ajustes e melhorias para que você se torne uma pessoa melhor, independente da área que deseja se sentir satisfeito. Por fim, traçar estratégias para alcançar suas metas.
Pessoas que conhecem pouco a respeito de si mesmo podem se tornar incapazes de lidar com determinadas situações e pessoas.
São pessoas com elevado nível de estresse e ansiedade e que não possuem discernimento para promover atitudes que façam bem a si mesmo e para as pessoas que a cercam.
Muitas vezes, podem acabar sendo conduzidas por regras impostas pela sociedade, sem levar em conta ou seus sentimento, desejos e aspirações, levando à frustração.
Portanto, o autoconhecimento passa a ser uma habilidade que promove saúde mental ao indivíduo.
Fazer e responder perguntas sobre si mesmo permite estimular o autoconhecimento e te fazer refletir sobre suas atitudes, emoções e comportamento
• Quais são os meus objetivos de curto prazo?
• Quais são os meus objetivos de médio prazo?
• Quais são os meus objetivos de longo prazo?
• O que eu gosto de fazer e gostaria de fazer mais?
• O que eu não gosto de fazer e gostaria de ter que fazer menos ou não fazer?
• O que me faz bem?
• O que me desagrada?
• Como eu reajo em situações desafiadores e de estresse?
• Do que eu tenho medo?
• O que eu gosto e sinto orgulho em mim mesmo?
• Que atitudes eu gostaria de eliminar dos meus hábitos?
• Que tipo de lugares gosto e costumo frequentar?
• Quais são meus hobbies?
• Que hobbies eu gostaria de desenvolver?
Por: Tatiana Pimenta
SAÚDE MENTAL NO ESPORTE
Não há dúvidas que saúde mental é basicamente poder estar bem consigo mesmo e com os outros, aceitar as exigências da vida da melhor maneira possível, saber lidar com as boas emoções e também com aquelas desagradáveis que serão inevitáveis para qualquer ser humano, reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário. Nesta perspectiva, o atleta não deve se envolver pela expectativa externa, com o peso da vontade das pessoas e com o nível extremamente alto de exigência delas.
Assim, mostra-se relevante pensar na Saúde mental no esporte uma vez que grandes atletas são capazes de intensidades maiores, desenvolvem capacidades físicas e mental, olham e aprendem a relacionar com a mídia, com os likes, recebem e abstraem críticas e dependendo de motivos, aspectos genéticos, comportamentais, psicológicos, neurofisiológicos, hormonais, podem desencadear de forma multifatorial doença mental e abrir mão de algo pela saúde mental, deixando de falar e assumir que ficam estressados, ansiosos, que estão deprimidos, e assim configurar as maiores problemáticas desse pernicioso cenário.
De início, é notório destacar que os grandes atletas necessitam gerenciar a saúde mental sabendo que quanto mais performance mais responsabilidade. Isso porque o ponto central do nível de saúde mental no esporte depende da intensidade. Prova disso recai sobre recentemente ter surgido casos de ícones do esporte desistindo de competições importantes, assumindo doenças com transtorno do pânico, depressão e ansiedade.
Ademais, cabe ressaltar que o atleta precisa saber qual estresse ele tem para performar e que preço é esse? Afinal tudo aquilo que se quer para a vida gera estresse. Sendo assim, torna-se urgente reconhecer que esse processo resultou onde os atletas agora estão obtendo espaço para falar e assumir sentimentos e emoções.
Com o objetivo de minimizar a Saúde mental no esporte é dever do atleta entender que existe dentro deste desenvolvimento da saúde mental, um ponto onde ele pode controlar suas ações, controlar suas expectativas, controlar sua forma de lidar com as pressões, controlar sua forma de se adaptar aos desafios e as mudanças da condição competitiva, mais depois, ele não terá controle do que seu adversário faz, talvez tenha um pouco de influência mais muitas vezes nem isso. Entender que não terá controle sobre as expectativas das outras pessoas, não terá controle daquilo que as pessoas vão falar positivo ou negativo, se ele ganhar ou perder, se ele acertar ou errar.
O atleta não terá controle sobre uma série de condições. Outro sim, cabe a ele entender que quanto menos energia usar se preocupando com aquilo que não tem controle, mais energia terá para controlar aquilo que pode e aí sim seu melhor, treinado e com as capacidades físicas, mentais, genéticas que ele tem, resultará com que isso represente um grande tempo, um recorde, o seu 100%.
POR QUE PARTICIPAR DE UMA COMPETIÇÃO?
Na primeira vez você vai mais para ver como é. Na segunda, estipula uma meta de desempenho… e a cumpre. Na terceira vez você quer mais, e decide que vai dar tudo de si para conseguir um resultado admirável (para você mesmo e para seus familiares). Aos poucos, você se torna um competidor voraz, arrojado, com metas cheias de dificuldade… e quando você vê, já está levando essas características para várias, senão todas, as esferas da sua vida.
Transformar-se em alguém mais ambicioso, ousado e seguro envolve apenas algumas das vantagens de se mergulhar no mundo competitivo. “Motivação, desafio, prazer estão entre as razões para os praticantes da corrida participarem de competições em geral”, diz Ricardo Antônio D’Angelo, com especialidade em Fundo e Meio Fundo e treinador do medalhista olímpico Vanderlei Cordeiro de Lima. Mestre em Ciências da Motricidade e treinador há 30 anos, D’Angelo explica que “a superação de si mesmo e de seus limites estimulam a busca de desafios mais audaciosos, seja de distâncias mais curtas para as mais longas, seja de tempos mais rápidos em uma determinada distância”.
Ao decidir participar de uma corrida, o corredor dá um significativo passo em direção ao crescimento e amadurecimento tanto físico quanto psicológico. “Há uma organização física, emocional e estrutural da vida, e nesse processo a pessoa irá ter frustrações, superação de limites e tudo isso servirá de aprendizado na vida de atleta e pessoal, o que contribuirá para que ele se torne um indivíduo com mais força de vontade, autoconfiança e concentração”, enfatiza Marcio Geller Marques, psicólogo especialista em Ciências do Esporte, que há 11 anos atua como psicólogo do esporte em diversas modalidades.
Decidi competir, e agora? O primeiro a fazer é se planejar e começar a seguir uma planilha de treinos. “Os objetivos devem ser organizados a partir do nível de aptidão física do indivíduo, não existe um tempo ideal para se indicar a primeira competição, bem como a distância, isso depende das experiências desportivas de cada um e de sua capacidade em adaptar-se às novas atividades”, explica D’Angelo.
Para não passar dos limites e acabar prejudicado, o treinamento deve ser organizado por um profissional qualificado: um professor de educação física e/ou treinador. “As cargas de trabalho devem ser elaboradas de forma crescente, lenta e gradual, e é importante o indivíduo estar em boas condições de saúde”, alerta o experiente treinador, que indica a todos que escutem o próprio corpo e as orientações do professor/treinador para não “avançar o sinal”.
Não vale desanimar! Para não permitir que o desânimo fale mais alto, o psicólogo Marcio, que já acompanhou inúmeros esportistas, dá sugestões bem úteis baseadas em sua experiência. “Acompanhei um atleta que tinha medo de competir, perder e desapontar as pessoas próximas, e com o trabalho que fizemos ele perdeu seu medo e percebeu que praticamente todos os atletas ganham e perdem, a partir desse momento ele começou a competir com resultados surpreendentes”, relata o mestre em Ciências do Movimento Humano.
É natural ficar apreensivo quando o assunto é competir, muitos medos surgem, mas os especialistas garantem que os pontos positivos vencem qualquer argumento. O psicólogo Marques menciona o aspecto social, como a formação de novos grupos de amizades, como um relevante fator para a inserção no mundo da competição. “Toda competição bem orientada é muito boa, porque faz com que o indivíduo se organize e fique mais consciente do seu bem-estar, e também contribui para afastar a pessoa da solidão e aspectos depressivos causados pelo baixo convívio social”, afirma.
Já o experiente treinador Ricardo lembra que a competição e seu ambiente estão na vida e não especificamente no desporto, e por isso é tão comum projetar as experiências vividas no esporte para as situações de competição vividas no trabalho, família, etc. “Deste modo, podemos encontrar outras maneiras para superar nossos problemas e dificuldades”, conclui o treinador.
Fontes: Ricardo Antônio D’Angelo, graduado em Educação Física, mestre em Ciências da Motricidade, treinador há 30 anos, especialista em Fundo e Meio Fundo, treinador do Medalhista Olímpico Vanderlei Cordeiro de Lima.
Marcio Geller Marques, psicólogo especialista em Ciências do Esporte, mestre em Ciências do Movimento Humano, que há 11 anos atua como psicólogo do esporte em diversas modalidades esportivas.
Treinamento mental para melhorar sua performance esportiva.
Olá, seja bem vindo a esta coluna que tem como proposta aumentar a sua performance esportiva.
Estamos muito felizes de ter você aqui nesta proposta inovadora, na qual vamos apresentar uma série de conteúdo para que você possa ir interiorizando e assimilando o treinamento mental, desenvolvendo uma consciência e gradualmente aplica-lo ao seu esporte preferido.
Nota-se que Treinamento mental para melhorar a sua performance esportiva destina-se a atletas de todos os níveis, ou treinadores ou simplesmente pessoas que realiza atividade física simplesmente para manter e melhorar a sua saúde.
Cada vez mais os treinadores fazem questão de incluir um treinamento mental específico para incentivar não apenas a melhoria do rendimento esportivo dos seus atletas, mas também o bem estar deles.
Em modalidades esportivas altamente exigentes, nas quais o nível físico dos atletas é muito parecido, chega-se inclusive a considerar que o resultado final depende em mais de 80% de fatores mentais.
Todo atleta experimenta inúmeras situações nas quais surgem todo tipo de fenômenos mentais dentre os quais emoções e pensamentos.
Em momentos de competição ou durante período de treinamento, caracterizado por um aumento de volume e intensidade de desgaste físico e emocional, estes fenômenos mentais se tornam ainda mais relevantes.
Diante deles, alguns atletas nessas situações, frente a situações de desconfortos, respondem de maneira muito diferentes em cada pessoa.
Alguns atletas veem seu rendimento aumentar, enquanto em outros ele diminui. O modo como o atleta percebe essas situações condiciona a própria situação.
Por isso a necessidade de treinar sua mente e aprender a passar por essas situações com mais equilíbrio.
A ciência atual vem demonstrando que justamente quando desfrutamos da realização de uma determinada atividade, de forma indireta, conseguimos melhorar nosso rendimento.
Desenvolver recursos para não se deixar arrastar por pensamentos e emoções quando as coisas não vão bem durante uma atividade passa ser importante.
Talvez você já tenha passado por situações como quando não consegue ir no ritmo que gostaria e você perde a concentração, e o resto da prova se transforma em um verdadeiro suplício, e você quer fugir dali. O que aconteceu na sua mente para que isso acontecesse? E que recursos você tem para não deixar arrastar por esses pensamentos e emoções que parecem te boicotar? Que recursos você tem para estar mais atendo e presente?
Para esta resposta o caminho do autoconhecimento e alcançar a autorregulação de pensamentos e emoções é o mais indicado. Logicamente, requer confiança, paciência e dedicação a todo o processo, afinal treinamento mental não funciona como uma varinha mágica e as vezes não traz os resultados que a gente espera, mas sim outros que nem podemos imaginar.
Desejamos que você aproveite esta proposta ativamente e que isto sirva de inspiração durante seus treinamentos e pedaladas e as suas competições.